Histórico

O Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal

O Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal pertence à Universidade de Viçosa (UFV). A UFV é considerada uma das melhores universidades do país e, desde a sua criação, investiu em três pilares básicos para sua consolidação e sucesso: o ensino, a pesquisa e a extensão. Além disso, a primeira Escola de Engenharia Florestal no Brasil começou em Viçosa, Minas Gerais, através da criação da Escola Nacional de Florestas, em 5 de maio de 1960, que contou com o apoio da FAO. A existência de dezenas de escolas de Engenharia Florestal no país e milhares de profissionais formados se deve ao pioneirismo da instituição que vislumbrou a necessidade de desenvolvimento tecnológico do setor florestal no Brasil.

Em março de 1975, com a sua infraestrutura instalada e contando com um corpo docente qualificado e treinado em universidades estrangeiras, bem como laboratórios bem equipados, a UFV iniciou o Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal (PPGCF), obtendo o seu credenciamento no Conselho Federal de Educação em 6 de novembro de 1986.

Nessa época a capacitação dos docentes tornou-se possível graças à convênios com universidades norte-americanas, principalmente com a Purdue University e a North Carolina State University, que permitiram intercâmbios de professores, ora capacitando professores brasileiros, ora enviando professores americanos que se dispuseram a lecionar as primeiras disciplinas e a implantar os laboratórios, definindo as primeiras linhas de pesquisa do Programa. Posteriormente, a University of Toronto, do Canadá, integrou-se ao Programa, dando-lhe um novo alento com a capacitação de outros novos professores brasileiros recém-contratados da UFV e com a doação de vários equipamentos para os laboratórios.

Em 29 de julho de 1988, a Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), órgão superior da UFV aprovou a criação do Curso de Doutorado em Ciência Florestal, tendo o seu início, em março de 1989 e o seu credenciamento junto ao Conselho Federal de Educação, na data de 8 de junho de 1994.

Graças à determinação dos professores pioneiros e de seus sucessores, que souberam manter este importante legado, o Brasil conta com dezenas de escolas de Engenharia Florestal, cujos vários professores foram formados na UFV, graças ao PPGCF. O referido programa também possibilitou a capacitação de inúmeros mestres e doutores que atuam nas atividades de pesquisa das instituições públicas e de empresas de base florestal do Brasil e do exterior, colocando o país na liderança mundial em produtividade do setor florestal, contribuindo com a geração de riquezas e benefícios sociais e ambientais para o Brasil.

O programa é dividido em quatro áreas de concentração: Manejo Florestal, Meio Ambiente e Conservação da Natureza, Silvicultura e Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais e atua fortemente na formação de recursos humanos, tendo 883 mestres e 310 doutores sido titulados desde a sua criação. Os profissionais formados pelo programa atuam em diversas universidades brasileiras e também ocupam lugares de destaque nas principais empresas e indústrias de base florestais do país. Atualmente, 101 estudantes estão vinculados ao programa, sendo que 55 estão matriculados no doutorado e 46 no mestrado.

O PPGCF conta hoje com 26 (vinte e seis) docentes permanentes e 5 (nove) docentes colaboradores, altamente qualificados, em grande parte com pós-doutorado, que se destacam pela produção técnica-científica de livros e artigos em periódicos com alto fator de impacto. Esses docentes também tem uma longa história de trabalho em sinergia com a iniciativa privada, tendo realizado desenvolvimento tecnológico conjunto nesse período com mais de 300 empresas florestais e ajudando o país a ser um líder e importante player nas indústrias de celulose, papel, siderurgia, chapas, energia, entre outros.

Na última avaliação realizada pela CAPES em 2021, o Programa obteve a nota 6, o que o coloca entre os melhores programas de Recursos Florestais do Brasil. No momento o seu corpo docente permanente está composto por 26 membros permanentes, sendo que a maioria, 58%, com bolsistas de produtividade do CNPq e um corpo docente colaborador composto por 5 membros, sendo 60% bolsistas de produtividade do CNPq.

As principais fontes financiadoras do Programa são a Capes, o CNPq e a Fapemig. Além destas agências de fomento, o Programa conta também com o apoio de diferentes instituições e empresas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de pesquisas de ponta para o setor florestal. Além disso, o PPGCF possui convênios e colaborações com diversas universidades e institutos de pesquisa internacionais, promovendo um intenso intercâmbio de discentes e docentes para o exterior.

No último quadriênio, os professores orientadores aprovaram com a interveniência da Sociedade de Investigações Florestais, mais de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais) em projetos com a iniciativa privada. Por conta do seu histórico em parcerias público-privadas e da excelência em atendimento ao mercado produtivo com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e disruptivas, o Departamento de Engenharia Florestal da UFV foi credenciado como uma das unidades Embrapii. A criação dessa unidade indica que o departamento receberá aportes financeiros na importância de R$ 6 milhões (não reembolsáveis) nos próximos três anos para investimento em projetos de PD&I em parceria com as indústrias do setor. Os projetos, que serão desenvolvidos pelos professores orientadores do programa, podem envolver desde a produção da fibra (viveiro, melhoramento, silvicultura, colheita meio ambiente, manejo) até a conversão das fibras em produtos derivados de celulose ou energia.

No último Planejamento Estratégico, alterou-se a missão e a visão do PPGCF a fim de torná-lo cada vez mais adequado às realidades da pesquisa brasileira.

Desta forma, a nova Missão do Programa é:
Desenvolver o conhecimento científico e tecnológico da ciência florestal, por meio de pesquisas e da formação de recursos humanos, de forma a fornecer à sociedade bens e serviços florestais ambientalmente adequados, que incorporem novas tecnologias, inovadores, socialmente justos e economicamente viáveis.
E a visão é:
Ser referência nacional e internacional no desenvolvimento científico e tecnológico na ciência florestal, por meio de publicações científicas de alto impacto, do intercâmbio com outros centros de pesquisa e empresas e da formação de mestres e doutores com enfoque à inovação tecnológica e excelência possuindo alto impacto na sociedade.
Os valores são:
 Ética;
Comprometimento;
Integração;
Competência;
Proatividade;
Inovação;
Coletividade.

Histórico do conceito CAPES do programa:

Período de Avaliação:
Conceito:

2017-2020

6

2013-2016

5

2010-2012

6

2007-2009

5

2004-2006

4

2001-2003

5

1998-2000

5

1998-2001

6

1996-1998

A

Histórico de coordenadores

2020 – Atual

Carlos Moreira Miquelino Eleto Torres

2015 – 2020

Claudio Mudadu Silva

2009 – 2015

Márcio Lopes da Silva

2008 – 2009

Carlos Antônio Alvares Soares Ribeiro

2000 – 2008

Carlos Cardoso Machado

1985 – 2000

Benedito Rocha Vidal

1981 – 1984

José Lívio Gomide

1978 – 1981

Ricardo Marius Della Lucia

1975 – 1978

Roberto da Silva Ramalho